The music in me
8/14/2009

Eu sempre adorei música. É uma coisa que não sei explicar. Aliás, cresci escutando música de todos os tipos. Quando nasci, tinha uma irmã de 17 anos, então ela escutava as músicas dos anos 1980, música de moçada da época, música de baladas, música “moderna”.

Cresci escutando Paralamas do Sucesso, Titãs, Madonna, James Taylor. As do James Taylor, em especial, trazem recordações especiais, as sensações de ser uma menininha de 4, 5 anos escutando “In my mind I’m gone to Carolina” no conforto da minha casa, graças à fita cassete de minha irmã no rádio (claro que eu reconhecia meu nome ali, na música. Há alguns anos descobri que o James Taylor cantava essa música se referindo à terra dele, Carolina do Norte). Ainda hoje ele é um dos meus (vários) cantores favoritos.

Uma de minhas lembranças mais antigas também envolve uma música. Eu devia ter uns 6 ou 7 anos, e meus pais levaram a mim e a minha irmã do meio àquelas feiras de animais de onde as crianças saíam com um peixinho no saco com água ou com um pintinho. Imagina, né? Eu e minha irmã (que devia ter uns 13 anos e sempre amou animais) saímos de lá com dois pintinhos amarelinhos. Eu também amava animais, e me apaixonei perdidamente por aqueles pintinhos. Mas pintinho vira frango e vira galo. E os nossos foram ficando adolescentes. Já não eram os graciosos amarelinhos... já eram meio acinzentados e crescidinhos e, um belo dia, sumiram do quintal (de piso frio, diga-se de passagem). Aparentemente, minha tia (que tinha uma chácara) levou os dois frangos para lá, porque, afinal, como minha mãe ia conseguir manter dois galos no quintal como animais de estimação? E foi uma coisa repentina, ninguém me disse nada, ninguém me preparou. Horrível. Sei que minha mãe não fez por mal, mas fico pensando que eu nunca seria capaz de fazer uma crueldade dessas com o meu filho! Em primeiro lugar, não permitiria nem que ele soubesse que poderia levar para casa um pintinho! (Com peixe é mais fácil, né? O apego não é tão grande e ele não vira tubarão).
E, na época, tocava a música Demais, da Verônica Sabino (só agora, pesquisando, soube que ela é uma versão da música “Yes, it is” dos Beatles), devia ser de alguma novela, porque tocava direto no rádio. Pois bem. Eu escutava essa música e caía no choro, pois conseguia encaixar direitinho a minha situação de “perda” na letra da canção. Até hoje isso é motivo de piada na minha família, claaaaro. Mas eu gosto de lembrar disso e ver como minha relação com a música sempre foi assim, de sentimento, mesmo. Tenho músicas favoritas para todas as ocasiões e amo tantas, mas tantas músicas, que não dá nem pra começar a relacionar.
Eu devia colocar aqui uma música animada, mas para “ilustrar” minha história, com vocês, “Demais”, de Verônica Sabino.



“Foi o tempo que passou, que tem que trouxe e te levou...”

Escrito por Translator Mom às 12:24



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